O 13º salário chega como um reforço, esperado por muita gente no fim do ano, com a primeira parcela até 30 de novembro e a segunda até 20 de dezembro. 

O dinheiro extra pode ajudar a equilibrar as contas pessoais em um período no qual os gastos costumam ser mais elevados. 

A legislação garante o pagamento a quem cumpre os requisitos básicos, mas o uso consciente do dinheiro evita dívidas no ano seguinte. Empresas e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) seguem prazos rígidos para depositar os valores.

Quer saber como utilizar seu 13º salário da melhor forma? Veja as dicas que preparamos para ajudar no seu planejamento financeiro.

13º salário: quem tem direito e como calcular

O 13º salário é uma gratificação anual que equivale a um mês de remuneração do colaborador, prevista na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) desde 1962. 

Esse dinheiro é uma forma de compensar o trabalho ao longo do ano e ajuda a fortalecer o orçamento doméstico ou pessoal nos períodos de festas de fim de ano, como o Natal e o Ano Novo. 

O valor leva em consideração o tempo de serviço efetivo.​ Os trabalhadores urbanos, rurais, domésticos e avulsos, com carteira assinada pela CLT, recebem o benefício.

Quem já se aposentou ou é pensionista do INSS também recebe o benefício, assim como as pessoas que foram afastadas por acidente de trabalho ou auxílio-doença em certos casos. 

E antes de ver as dicas sobre como aproveitar o dinheiro do 13º salário, vamos entender rapidamente como esse benefício é calculado. Vamos considerar um valor de R$ 3.200,00.

E antes de ver as dicas sobre como aproveitar o dinheiro do 13º salário, vamos entender rapidamente como esse benefício é calculado. Vamos considerar um salário de R$ 3.200,00.

Cálculo proporcional: R$ 3.200 ÷ 12 = R$ 266,67 por mês trabalhado.​

Total bruto do 13º: R$ 266,67 × 12 = R$ 3.200,00.​

Agora, esse valor é pago em duas parcelas:

Primeira parcela: R$ 1.600,00 (metade do 13º, sem descontos).​

Na segunda parcela entram os descontos:

INSS sobre R$ 3.200: cálculo progressivo pelas faixas do INSS 2025, totalizando cerca de R$ 282,82 de desconto.​

Base para IRRF: R$ 3.200 − R$ 282,82 = R$ 2.917,18 (já descontado o INSS).​

IRRF (sem dependentes): sobre essa base, o desconto fica em torno de R$ 67,18.​

Total de descontos: R$ 282,82 (INSS) + R$ 67,18 (IRRF) = R$ 350,00.

Valor líquido do 13º: R$ 3.200 − R$ 350,00 = R$ 2.850,00.​

Dividindo entre as duas parcelas:

1ª parcela: R$ 1.600,00 (já recebida, sem desconto).​

2ª parcela (líquida): R$ 2.850,00 − R$ 1.600,00 = R$ 1.250,00 aproximadamente.

Dicas para usar o 13º salário de forma inteligente

O primeiro passo para utilizar de forma eficiente e inteligente o seu 13º salário é fazer um planejamento antes do dinheiro entrar na conta. Lembre-se de considerar dívidas, despesas fixas e também as reservas. 

Mas qual é a prioridade diante de tantas coisas para pagar? A prioridade, sem dúvida nenhuma, é quitar as pendências que têm juros altos, como o cartão de crédito ou o cheque especial. Isso vai ajudar a reduzir os custos futuros. 

Também, se possível, reserve uma parte para imprevistos (afinal, eles podem acontecer) e outra parte deve ser destinada para as despesas que chegam logo no começo do ano, como o IPVA e a lista de material escolar.​

Veja as opções para utilização do 13º salário!

Quitar dívidas com juros altos

Essa, se for o seu caso, deve ser a prioridade número um. Comece por cartão de crédito e cheque especial, que cobram até 15% de juros ao mês. 

Tente negociar descontos à vista. Em alguns casos é possível diminuir de 30% a 50%. O ideal é que você pague o valor total. Se não for possível, pague o maior valor possível para minimizar a “bola de neve” das dívidas e juros.

Dessa forma é possível sobrar mais renda mensal.​

Criar reserva de emergência

Emergências podem acontecer a qualquer momento. Por isso, é bom separar uma parte para fazer poupança ou colocar no Tesouro Selic, que permite resgates rápidos. 

Mas qual valor colocar na reserva de emergência? O ideal é de 20 a 30% do 13º ali se não houver dívidas graves. 

Essa reserva ajuda a cobrir gastos com saúde ou consertos em casa sem novo endividamento.​

Cobrir gastos iniciais do ano

Todo começo de ano tem sempre aquelas dívidas como IPVA, IPTU, matrícula e material escolar e, em alguns casos, seguro de imóveis e automóveis. 

Nesta opção, você deve reservar cerca de 20% do 13º para os meses de janeiro e fevereiro. Quando possível, dê preferência para pagar à vista. Fazendo isso, é mais fácil conseguir  descontos e evitar parcelas com juros.​​

Planejar compras ou investimentos

Outra opção do que fazer com o 13º salário, se não tiver dívidas para pagar, é usar parte dele para comprar presentes de Natal. 

O excedente desse benefício pode ser investido em CDBs ou fundos conservadores. O motivo? Eles têm liquidez diária, rendem acima da poupança. 

E uma dica de ouro! Evite gastos impulsivos.​

Quem adota a Verocard conta com várias opções de benefícios como Verocard Alimentação, Refeição, Farmácia, Flex, entre outros. 

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